quarta-feira, 20 de março de 2013

Crítica: O Incrível Hulk | Um Filme de Louis Leterrier (2008)


O cientista Bruce Banner (Edward Norton), numa busca desesperada pela cura para suas transformações em "Hulk" (uma criatura verde e sempre destrutivamente irritada), gerada de seu corpo em função de situações emocionalmente tensas que foi desencadeadas pelo envenenamento de suas células por radiação, ele vive escondido de seus perseguidores e afastado das pessoas que ama. De sua namorada Beth Ross (Liv Tyler), a quem nutre um carrinho especial, e que mesmo depois de anos sem vê la, ainda a ama, e do general Thunderbolt (Willian Hurt) que o procura incessantemente para capturá-lo e estudá-lo afim de usar sua capacidade de transformação em uma arma militar. Nessa procura, o general cria algo similar ao Hulk através do soldado Emil Blonsky (Tim Roth) que passa a ser um oponente à altura do Incrível Hulk. Em "O Incrível Hulk" (The Incredible Hulk, 2008) estamos diante de uma sequência que não dá indícios disso no nome, mas com uma abertura recheada de estilizados flashbacks que evidenciam o fato. Descarta as escolhas feitas para o personagem realizado por Ang Lee, no trabalho intitulado "Hulk" (2003), mas não abandona as possibilidades lançadas por ele. O elenco de seu longa foi substituído completamente, no entanto as motivações em volta do personagem continuam semelhantes: a busca da cura. Mas desta vez, materializadas pelo diretor francês Louis Leterrier, também responsável pelo sucesso da franquia "Carga Explosiva", especialista em dar ao público o quer sem ter a pretensão de fazer a diferença.




Contudo, essa produção tem ares de remake incrustadas em sua trama, que abomina a transposição cerebral e distanciada do personagem dos quadrinhos para telona realizada pelo cineasta chinês Ang Lee. Deixando de lado comparações, o trabalho de Leterrier apresenta nada mais e nada menos do que se esperava desse longa-metragem. O desejo da Marvel de ressuscitar Hulk certamente teve sua maior influência no fato do lançamento da produção de "Os Vingadores" (2012), realizado por Joss Whedon. Redesenhar a afetada imagem deixada pelo filme de 2003 em um produto mais comercial e antenado com a linha narrativa recentemente adotada pela Marvel Studios para seus filmes era vital para o sucesso do trabalho de Whedon. Portanto, "O Incrível Hulk" não é nada mais do que uma produção tecnicamente interessante, sem inovações e de resultado apenas satisfatório. Funciona melhor do que o filme anterior, mas também não se propõe a ser um sucesso de público e crítica. Dentre todos os filmes solo dos personagens que compõe a Iniciativa Vingadora, certamente que essa produção é a mais fraca até então. Certamente que essa produção é muito mais Hulk que Ang Lee jamais imaginou, mas esteve longe de fazer justiça ao título de incrível também.  


Nota: 6/10


2 comentários:

  1. P/ mim eles seguiram o caminho certo, achei muito divertido apesar de ter sido o mais fraco de 2008 (Hellboy II, CDT e Homem de Ferro). Gostaria muito de ter visto uma continuação.

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    1. Eu até aprecio o filme realizado por Ang Lee, mas o meu gosto parece ser um caso isolado entre a maioria. Nesse filme aqui, a Marvel tava começando a idealizar seu estilo de fazer cinema. Embora agrade, está longe de se destacar entre os demais filmes.

      abraço

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