sábado, 29 de agosto de 2015

Crítica: Noite Sem Fim | Um Filme de Jaume Collet-Serra (2015)


Em uma terceira colaboração entre o diretor Jaume Collet-Serra e o astro Liam Neeson, o thriller de ação “Noite Sem Fim” (Run All Night, 2015) vem para confirmar uma bem sucedida parceria de filmes de ação dos novos tempos. Enquanto um, o ator Liam Neeson se firma já algum tempo no gênero da ação frenética ligado a outros colaboradores, o que gerou uma genial franquia chamada Busca Implacável, Jaume Collet-Serra tem mais dois filmes em parceria com o ator (“Desconhecido” e “Sem Escalas”), aos quais ambos apresentam resultados extremamente competentes e de grande envolvimento. Esse terceiro longa-metragem mantem um nível considerável de excelência para o agrado de fãs do ator e do gênero no qual habita, embora não supere os filmes anteriores de seu realizador. Em sua trama acompanhamos Jimmy Conlon (Liam Neeson), o qual um dia já foi um notório empregado de um chefe da máfia local, Shawn Maguire (Ed Harris). No entanto, hoje ele não passa de uma decepção do que já foi, onde se afogando em sucessivas doses de uísque para lidar com o sangue que leva nas mãos pela morte de pessoas que matou no exercício de seu trabalho é atormentado por seus fantasmas. E para complicar, o detetive Harding (Vincent D’Onofrio) sempre o lembra das vítimas deixadas no esquecimento alheio, como a ausência do filho, Mike (Joel Kinnaman) que também reprova sua postura passada que impossibilita uma provável aproximação futura. Mas quando após um evento fatídico onde Jimmy pode ser a única salvação para seu filho, ele terá que decidir se irá travar uma batalha contra seu antigo empregador ou tentar corrigir seus erros do passado.

Noite Sem Fim” se passa no tempo de uma noite, genialmente bem preenchida com uma perseguição bem orquestrada que articula momentos de família e diálogos bem compostos com sequências de tiroteios e bravura que só podem ganhar os necessários contornos atmosféricos genuínos de um bom thriller em função da presença de Liam Neeson. O ator compõe uma série emoções criveis na tela, seja com uma arma em punho ou em desabafos sentimentais, onde seu realizador explora as várias camadas de seu personagem. Mais uma vez Jaume Collet-Serra equilibra com habilidade dramaticidade com momentos de adrenalina. Se Ed Harris lidera o exército da vingança contra os personagens de Liam Neeson e Joel Kinnaman, numa transição serena de amizade a ódio, também é no personagem de Common, um assassino profissional contratado por Harris que se encontra o maior rival na jornada de fuga e resistência do pai e filho. Mas há inúmeros outros personagens vitais para trama, formidavelmente mesclados ao enredo, com uma inclusiva presença de Nick Nolte a certa altura da correria pela sobrevivência. Embora “Noite Sem Fim” não mostre nada de novo em comparação aos bons exemplares assinados por Jaume Collet-Serra, ainda que ele tente empregar alguns aspectos narrativos inéditos ao seu trabalho combinados com alguma intensificação de momentos dramáticos, esse seu trabalho se resume a mais um trabalho competente e igualmente agradável saído dessa promissora parceria que o ator e o diretor fundaram desde 2011 e nada mais que isso.

Nota: 7/10  
   

6 comentários:

  1. É um estilo de filme que gosto e que o astro Liam Neesom vem explorando com competência nos últimos anos.

    Abraço

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    1. Particularmente, é um dos meus gêneros preferidos. E sim, o ator confere toda a credibilidade necessária para dar vida as histórias e tem escolhido bons trabalhos nesse estilo, embora seus filmes dramáticos ainda sejam os seus melhores trabalhos.

      Espero ainda vê-lo muito em filmes de ação nos próximos anos.

      abraço

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  2. Penso igual. Apesar de não revolucionar, é feito com total competência dentro de suas modestas pretensões e entretém o suficiente.

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    1. ... como quase todos os filmes mais recentes de Liam Neeson. Adoro essa nova fase do astro. Espero que ele continue por muito tempo se adequando a esse gênero.

      abraço

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