sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Crítica: O Corvo | Um Filme de Alex Proyas (1994)


Eric Draven (Brandon Lee) um apaixonado guitarrista de uma banda de rock, e sua esposa, Shelly (Sofia Shinas) são brutalmente assassinados durante a Noite do Demônio (a noite que precede o dia de Halloween) por uma gangue de incendiários. Passada a tragédia, cerca de um ano depois algo inesperado acontece: Eric retorna dos mortos por influência de um corvo, com o qual desenvolve uma forte ligação. O motivo que levaram Eric a voltar dos mortos foi para se vingar dos responsáveis por sua morte, e de sua amada. De rosto pintado e detentor do poder da imortalidade, ele passa caçar os bandidos pela cidade. Assim um a um, todos vão sendo mortos até chegar ao grande responsável e maior criminoso da cidade, Top Dollar (Michael Wincott) e sua sinistra irmã, Myca (Bai Ling), nos quais Eric encontra uma verdadeira ameaça para sua imortalidade e um obstáculo para impedi-lo de cumprir sua missão de vingança e descansar em paz. “O Corvo” (The Crow, 1994) é uma adaptação cinematográfica escrita por David J. Schow e John Shirley, de uma graphic novel (de mesmo nome) de James O’Barr. Dirigida por Alex Proyas (Eu, Robô), o cineasta transpõe com habilidade todo o universo particular criado por James O’Barr, em uma produção que envelheceu de modo saudável, e que acabou virando obra de culto.

Com uma produção marcada de tragédia (esse filme selou o destino de Brandon Lee, após o erro de um assistente armamentista, foi alvejado por um tiro real e fatal) esse longa acabou se tornado o último filme estrelado pelo ator, também conhecido por ser o filho do icônico artista marcial Bruce Lee. Brandon Lee, após ter estrelado algumas poucas produções em filmes B, sua carreira não demonstrava até então o mesmo estrelato que marcou a carreira do pai. Porém essa produção foi um sucesso de bilheteria (custou seis milhões e faturou noventa e quatro milhões mundialmente) vindo a ser seu primeiro sucesso, e muito disso, se deve ao fatídico acidente (e a teorias de conspiração em volta da morte do ator desencadeada dos atritos passados do pai com a máfia chinesa). Mas independente dos aspectos marcantes dos bastidores, essa produção se mostra muito interessante ao apresentar atuações funcionais, uma estética gótica envolvente e muita ação que gera bons momentos que empolgam. Além disso, há um visual bem cuidado pela capacitação técnica da produção, que ainda pontua pela trilha sonora de Graeme Revell, com canções premiadas de bandas como Stone Temple Pilot. “O Corvo” gerou algumas sequencias que não atenderam ao sucesso do primeiro filme, e que não tiveram protagonistas envolventes como Brandon Lee. De certo modo, essa produção pode ser considerada apenas como um simples filme de ação bem sucedido, ou parte da história do cinema marcada por um fúnebre desfecho, embora o personagem principal permaneça imortal na memória de fãs.

Nota: 7/10

Nenhum comentário:

Postar um comentário