quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Crítica: O Código | Um Filme de Boaz Yakin (2012)


Essa produção está longe de ser um dos melhores filmes já estrelados pelo brucutu Jason Statham, mas em contra partida explora ao máximo sua capacidade de realizar feitos fantásticos quando necessário. O filme "O Código" (Safe, 2012), tenta dar contornos dramáticos ao protagonista, mas foi mesmo nas cenas de pancadaria protagonizada pelo astro o que segurou à atenção do espectador em meio a uma infinidade de personagens confusos.

Na trama, Jason Statham perambula pelas ruas desiludido por sua condição, quando uma chinesinha interpretada por Catherine Chan, dona de uma capacidade mental sobre humana e detentora de uma senha de um cofre que guarda uma quantia milionária é perseguida pela máfia chinesa e russa, cruza o caminho do atormentado moribundo. Jason encontra nela a chance de uma inusitada retomada na vida salvando-a do perigo e consequentemente fazendo as pazes com seu passado. Porém o que Jason não sabe é que além de todas as máfias, antigos conhecidos dele – policiais corruptos – também estão atrás dos segredos que a menina detém em sua memória.


Numa trama onde simplesmente ninguém presta, tendo todos os personagens com sério déficit de caráter – salvo a menina – é fácil identificar o herói dessa empreitada, mesmo que o roteiro tente pintá-lo diferente através de uma edição com idas e voltas no tempo, que inclusive até funciona bem na abertura. O protagonista é vitima das consequências de seus atos. Simplifica a ligação do passado do protagonista com a presente situação ao qual se encontra. Mas a direção de Boaz Yakin não sustenta a trama de forma interessante, apelando para o estrelismo do protagonista como única ferramenta de sustento da premissa. E como Jason Statham não é nenhum primor de ator talentoso, a solução mais conveniente foi mandar bala para todos os lados para ver quem se salva, já que pouca gente na tela tem valor. E a atriz mirim Catherine Chan, ainda é uma incógnita, até porque o roteiro não ajuda e a direção de Boaz Yakin não é a mesma coisa do que a de Steven Spielberg ou M. Night Shyamalan, que conseguiram obter atuações memoráveis de atores infantis.  

Numa infinidade de tiroteios, às vezes confusos visualmente, o astro distribui pancadas e tiros sem economia. Nenhuma surpresa até então. Mas mesmo com sua experiência na área, faltou aquela beleza estética sempre preponderante em seu trabalho – algumas sequências parecem um pouco bagunçadas e de difícil acompanhamento. Apesar dos diálogos estarem até bons, se comparados a outros de seus filmes menores.

Por fim, "O Código" vai agradar aos fãs do astro, mas também não vai entrar na lista dos 10 melhores filmes dele. Agora enquanto Jason não encontra um papel dramático nos moldes que ele declarou estar na procura, pode continuar fazendo o que sabe fazer de melhor sem problemas nenhum. Contanto que nunca se esqueça do gênero que o consagrou.

Nota: 6/10

2 comentários:

  1. Gosto dos filmes com Statham, são no mínimo divertidos.

    Abraço

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    1. Gosto também... principalmente em Os Mercenários 2.

      abraço

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